Queria ser menos dramática, menos pensativa, menos assustadoramente sentimental. Menos impaciente, menos negativa, menos antecipada, atropelada e efervescente. E enquanto cada dia passa mais depressa eu continuo me deixando acreditar que tenho todo o tempo do mundo. Queria largar as palavras porque elas me privam das ações e me fazem sentir que isso é bom quando na verdade não é também. Eu queria um pouco menos de tudo isso que tenho e que hoje em dia ninguém valoriza. Menos apego, menos ingenuidade, menos organização. Queria não ser tão implicante, tão chata, tão perfeccionista e preocupada. Não esperar e exigir tanto de mim e dos outros. Queria acreditar mais, em tudo que é possível e em tudo que eu sou. E aceitar quando as coisas dão certo. Acreditar merecê-las.


  Não se concentre tanto nas minhas variações de humor, apenas insista em mim. Se eu calar, me encha de palavras, me faça querer dizer outra e outra vez sobre você, sobre nós, e todo esse amor. Se eu chorar, não me faça muitas perguntas, não precisa nem secar minhas lágrimas. Só me diz que você continuará comigo pra tudo, que tenho teu colo e teu carinho. E ainda que te doa me ver assim, me envolva nos teus braços e diga que eu posso chorar, mas que você não sairá dali enquanto eu não sorrir. Porque é isso que nos importa, não é? O sorriso um do outro. Não é?

Nunca acreditei muito em final feliz, agora não podia ser diferente. Principalmente no que diz respeito à mim. Eu que sempre subestimo a tudo e a todos, e claro, a mim principalmente. É tudo muito difícil, muito longe, muito grande. Nada nunca esteve ao meu alcance. Mas um dia a gente cresce, não é mesmo? Um dia a gente aprende. Leva na cara, nas costas, nos braços. Apanha e leva lembranças, dores, promessas. Aprende que nem tudo é do jeito que se vê. E sabe, me encontrei entre os achados e perdidos daqui de dentro. Decidi que posso até não escolher quem sou, mas posso muito bem escolher o que eu quero ser.

Cred. Jéssica B.


    Te esquecer parece tão difícil mais hoje eu percebi que a culpada de não conseguir te esquecer sou eu, é que apesar de tudo eu tento insistir em uma relação que tem 90% para dá errado e vivo rezando para que os 10% restantes se transforme nos 90% mais agora eu percebi que não dá mais pra insistir nisso, ficar sofrendo pra no fim ter uma felicidade momentânea proporcionado por um momento de luxúria e um pingo de carinho que me você me dá e me faz acreditar que os 10% é predominante. No fim eu que não quero vê que nunca iremos sair da primeira página, fico procurando em cada palavra que me diz um pouco de realidade, uma coisa sincera sabe? mais a verdade é que nunca vai passar disso palavras falsas que eu insisto em achar que são verdadeiras. Já me peguei perguntando porque não existe o botão ''deletar essa pessoa do seu coração'' tudo seria mais fácil. Mais dessa vez vai ser diferente vou aprender a me amar e achar aquela vergonha na cara que estava me faltando, é Chegou a hora de te esquecer!

Mel Aguiar


Hoje eu senti desmedidamente a sua falta, e acabei colocando a culpa no clima, no tempo, no sol que se esqueceu de raiar alegre. Eu não sei como foi o seu dia, por isso ando meio perdida. A neblina combina muito com o meu estado de espírito, sem nitidez, confuso. Caramba, percebo que falo muito sobre a solidão, mas essa é uma forma de expulsá-la de casa. Todo mundo sabe que a solidão não paga aluguel, e por isso ela tenta fazer um favor aqui e ali, se passando por inspiração. Nada mais justo que eu tirar proveito dessas sensações bestas. É que eu queria ser só amor, sabe? Sem “mas”. Sem música que faz os olhos baixarem. Sem neblina pra encobrir a luz. Já te chamei pra ficar tantas vezes… Se realmente existisse transmissão de pensamentos, você saberia que ocupa minha mente o tempo todo, ainda mais em finais de dias como esse. Mas hoje é o meu coração quem te chama, por isso o fiozinho de esperança engrossou. Hoje me bateu uma certeza louca de que estarei em seu sonho. Hoje acho que vai ser mais fácil de compreender. Pois quando a voz vem de dentro, não importa onde você esteja, vai ouvir.


Me entende, eu não quis, eu não quero, eu sofro, eu tenho medo, me dá a tua mão, entende, por favor. Eu tenho medo, merda!Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto.


'Olha, fique em silêncio. Eu gosto do teu silêncio. Mas também gosto de tuas palavras - acredite. Mas não vim aqui para te falar de ruídos - ou não - , estou aqui para te falar de céu, mar, estrelas e tapioca - como naquele dia, lembra? - Ontem por incrível que pareça todos os lugares que pisei eu te procurei. Teus rastros ficaram por lá. O balançar de teus cabelos e esse teu jeito meio atacado de ser. Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti. '
(Caio F de Abreu)

Às vezes a gente vai-se fechando dentro da própria cabeça, e tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é. Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas.

Caio Fernando Abreu



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril. (Oscar Wilde)


Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo.Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso. Confesso que agora só espero você.

- Caio Fernando Abreu.


Nunca é tarde para se começar algo novo. Nunca é tarde para fazer o que se gosta. Nunca é tarde para acreditar. Acreditar que no fim de toda linha existe alguém realmente olhando pro seu coração, acreditar no que sente sem ter medo de que isso seja para o outro algo anormal. Anormal é não querer esse sentimento, é não aceitar que tudo pode ser melhor e diferente. Acreditar que além de tudo eternamente lembraremos o que fizemos hoje. E são aquelas pessoas indubitavelmente incomuns que fazem dos nossos dias diferentes, que apenas coisas que eu sei não são o suficiente para ter tudo no peito guardado. É preciso gritar para os quatro cantos e ventos que às vezes não tem muito tempo para estar junto, mesmo que às vezes não se precise estar junto, apenas acreditar que as linhas não são meras linhas. Esse emaranhado de sentimentos que nos deixa tristes ou felizes a vontade de ter sempre mais um dia pela frente pra poder sentir tudo novamente porque nada disso é ilusão.


Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.



Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar.



Caio Fernando 



“Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.”


Caio Fernando Abreu


“Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber. Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências. Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos. E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros têm para me dar.”
Caio Fernando Abreu


Sempre caminhei sozinha, quando cheguei a olhar para trás via somente duas pegadas. Pode até parecer solitário, triste, mas muito pelo contrário, era sossegado, tranquilo, sem preocupações e desilusões. Sempre me achei auto suficiente, eu me bastava, não precisava de ninguém pra que eu me sentisse completa. Mas aí apareceu você. Feito vendaval, que vai levando tudo que vê pela frente. Você levou minhas concepções velhas, tudo aquilo que eu acreditava embora. Me transformou, foi me tirando os espaços entre tantos abraços, foi me moldando, me modificando, para que eu ficasse assim, o melhor pra você, o melhor pra nós. Me fez dependente, logo eu, livre, solta. Me deixou presa em você, assim sem amarras, sem receios, sem medo. Me esqueci daquilo que eu era pra me transformar no que te faz bem, no que te deixa feliz. Resolvi que você seria meu motivo. Meu motivo para continuar, para viver, meu objetivo de vida, de escolhas. Resolvi que você seria minha base, meu alicerce, que mesmo eu sendo tão independente, tão egoista e cheia de mim, mudaria, mudaria pra te ver sorrir, pra te ver feliz. Deixaria meu orgulho de lado pra ir atrás de você quantas vezes fosse preciso. Porque eu te amo. Porque não tem nada que eu queira mais do que o teu perfume se transformando no ar que eu preciso todos os dias, porque eu preciso de você, aqui, como sempre foi.



Dessa vez não vou evitar dizer o que está na minha cabeça só porque eu sei que minha mente libriana vai negar no dia seguinte, não fugirei de palavras bonitas porque quem diz não é uma pessoa perfeita, não arrumarei mil defeitos pra brigar contra as novecentas e noventa e nove qualidades, não desviarei meus olhos por medo de ter minha mente lida, não sumirei por medo de desaparecer, não vou ferir por medo de machucar, não serei chata por medo de você me achar legal, não vou desistir antes de começar, não vou evitar minha excentricidade, não vou me anular por sentir demais e logo depois não sentir nada, não vou me esconder em personagens, não vou contar minha vida inteira em busca de ter realmente uma vida.
Dessa vez não vou querer tudo de uma vez, porque sempre acabo ficando sem nada no final.
Estou apostando minhas fichas em você e saiba que eu não sou de fazer isso. Mas estou neste momento frágil que não quer acabar. Fiquei menos cafajeste, menos racional, menos eu. E estou aproveitando pra tentar levar algo adiante. Relacionamentos que não saem da primeira página já me esgotaram, decorei o prólogo e estou pronta pro primeiro capítulo. '



"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo..."

- Caio F.



(...) E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.


- Caio F.



Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para falar, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. No meio da fome, do comício, da crise, no meio do vírus, da noite e do deserto - preciso de alguém para dividir comigo esta sede. Para olhar seus olhos que não adivinho castanhos nem verdes nem azuis e dizer assim: que longa e áspera sede, meu amor. Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um caminho.

- Caio Fernando Abreu



Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não


- Caio Fernando Abreu



Desconhecidos -mas somente antes do encontro. Que acontecera no bar. Então, unidos pela mesma cerveja, pelo mesmo desalento, deixaram que o desconhecimento se transmutasse naquela amizade um pouco febril dos que nunca se viram antes. Entre protestos de estima e goles de cerveja depositavam lentos na mesa os problemas íntimos. Enquanto um ouvia, os olhos molhados não se sabia se de álcool ou pranto contido, o outro pensava que nunca tinha encontrado alguém que o compreendesse tão completamente. Era talvez porque não trocavam estímulos, apenas ouviam com ar penalizado, na sabedoria extrema dos que têm consciência de não poder dar nada. Uma mão estendida áspera por entre os copos era o consolo único que se poderiam oferecer.

Com a lucidez dos embriagados, haviam-se reconhecido desde o primeiro momento. Ou talvez estivessem realmente destinados um ao outro, e mesmo Sem o álcool, numa rua repleta saberiam encontrar-se. O fulgor nos olhos e a incerteza intensificada nos passos fora a pergunta de um e a resposta de outro.



- Caio F.


"Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém. Assim, sem precisar procurar no meio da multidão. Alguém comum, sem destaques evidentes, sem cavalos brancos ou dentes perfeitos. 
Com quem eu pudesse conversar simplesmente sobre o meu dia.
A quem eu não precisasse impressionar com demonstrações de segurança e autoconfiança. Que me enxergasse sem idealizações 
e que me achasse atraente ao acordar, de camisa amassada e
sem dissimular. Alguém de quem eu não quisesse fugir quando a intimidade derrubasse nossas máscaras. Eu queria não precisar
usá-las e ainda assim não perder o mistério ou o encanto dos primeiros dias... Alguém com quem eu pudesse aprender e ensinar sem vergonhas ou prepotências. De quem eu não precisasse, mas quisesse estar sem motivo certo. Que não fosse tão bonito e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção. Com qualidades 
e defeitos suportáveis. Que me encontrasse até quando eu tento 
desesperadamente me esconder..." 
Alguém imperfeito, mas sob medida pra mim...


"Pegue um sorriso e doe-o a quem jamais o teve. Pegue um raio de sol e faça-o voar lá onde reina a noite. Pegue uma lágrima e ponha no rosto de quem jamais chorou. Pegue a coragem e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar. Descubra a vida e narre-a a quem não sabe entendê-la. Pegue a esperança e viva na sua luz. Pegue a bondade e doe-a a quem não sabe doar. Descubra o amor e faça-o conhecer o mundo..."
Mahatma Gandhi

Vou te mandar uma carta, mas nela não vai ter nada escrito, talvez um ‘eu te amo’ num canto qualquer. Nessa carta vou colocar o meu perfume, quero que você tenha todas as sensações possíveis ao sentí-lo. Que deixe a sua imaginação te mostrar o que ele quer dizer. Vou passar um batom e beijar a carta, deixar que você ao olhar o formato da minha boca no papel imagine como seria ver sair palavras dela, sair sorrisos, imagine a sua boca ali também. Vou pintar os dedos e deixar minhas digitais, pra que você pense em como seria grudar as suas nas minhas, feito velcro. Vou desenhar um coração, do lado do ‘eu te amo’, um coração pequeno, mas com a descrição embaixo de que ele é todo seu. Vou enviar, o correio vai ser o vento, ele sempre sabe pra onde levar esse tipo de coisa. Quando receber, apenas sorria, esse sorriso lindo que você tem, apenas sorria e tenha a certeza que eu também vou sorrir. Guarde-a debaixo de sete chaves, quando a gente se ver quero que me mostre, e me conte todas as palavras que tinha escrito nela, tudo que você conseguiu ver.

Poderiamos casar , teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegariamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.


... esse eterno amanhecer por dentro, um sol interno tão aceso, essa alegria gratuita. E existe algo em nós que é tão recíproco, cúmplice e intenso. Dos nossos olhares que dizem tanto sobre tudo, silenciosamente. Um movimento de corpo que é tão ao encontro o tempo todo. Da compreensão e paciência a que nos dedicamos diariamente. E o amor que permeia tanta poesia, e a poesia que se entrega inteira pras palavras que querem dizer do abraço. Seu corpo tão moldado ao meu, natureza líquida de água e jarro. Você me conduzindo à fonte de todas as coisas, lá onde o desejo se origina. E nada míngua com o passar do tempo e mesmo acreditando não ter mais espaço, cresce, flui, se imensa clareando o que era escuro e frio.Cada vez mais e mais eu preciso dizer do amor. Dessa ternura delicada. Cada vez mais o amor sendo a melhor experiência. Cada vez mais eu percebendo que se nada no mundo é definitivo, nossa história eu sei perene. Uma primavera inaugurada a cada dia. E mesmo que nada possa ser eterno, mesmo que o “pra sempre” não exista, eu sei que vou seguir te amando, pelo menos, pelos próximos 99 invernos.
Marta de Queiroz

Porque para viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, mas que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai. Eu sei como dói. Mas passa. Tá vendo a felicidade ali na frente? Não, você não tá vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o único jeito de deixá-la pra trás é continuar andando. Você vai ser feliz. Tá vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la e rir da cara dela.
- Antonio Prata

 
 falo palavrão. eu te protejo, te faço rir, e te entendo. eu falo um monte de besteira e adoro quando me escutam. sei amar, sei ser amiga, sei ser de tudo um pouco. não é através de palavras que expresso o meu amor, eu digo a verdade nas ações. eu sou maluca, mas com o tempo você se acostuma. tenho um coração enorme. gosto de ajudar. nunca penso com a razão, sempre com o coração. eu vivo pra ser feliz e não pra ser normal ! :D

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